Autismo e a Educação Infantil

Um dos assuntos que mais nos pedem aqui no site mas que ainda não demos a devida atenção é o autismo na Educação Infantil, por ser um tema muito complicado e que também exige também um conhecimento que ainda não dominamos plenamente.

E ao longo dos últimos dias buscamos algumas fontes de informação, fizemos nossas pesquisas e abaixo você verá no que resultou todas as nossas horas de estudo. As informações abaixo podem ajudar você nas suas aulas com alunos com necessidades especiais, em seus projetos escolares de inclusão ou trabalhos da faculdade e TCC sobre o tema.

Para se aprofundar no tema, uma boa sugestão é o curso de Educação Especial.

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O que é o autismo

Antes de tudo, é importante que você saiba exatamente o que é o autismo, para poder conversar com os pais e transmitir a segurança que eles precisam.

O autismo é classificado com um transtorno de desenvolvimento mental, que aparece logo nos primeiros anos de vida e que compromete tanto a interação social da criança como suas habilidades de comunicação.

O termo Transtorno do Espectro Autista (TEA), adotado recentemente, em 2013, é o que define o autismo atualmente.

“Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia” – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V)

Diversos textos muito melhores que o nosso acima podem ser encontrados na internet, mas o que você precisa saber é que uma criança com autismo, provavelmente terá muita dificuldade de comunicação e de interação, e você já deve estar imaginando como será difícil o ambiente escolar para essa criança.

Um dos sintomas mais característicos do autismo é o movimento repetitivo, mexendo as sem parar com ou sem um objeto em mão e o movimento do tronco para frente e para trás, tais movimentos também dificultam a concentração da criança e podem afetar seu desenvolvimento cognitivo.

Autismo e a Inclusão Escolar

Muitas das novas linhas pedagógicas buscam a inclusão escolar, mas muitas vezes é importante consultar profissionais médicos como o psicólogo da criança, o fonoaudiólogo, o terapeuta ocupacional e também o pedagogo da escola escolhida para que seja feita a avaliação se o ambiente escolar pode ser benéfico ou prejudicial à criança, já que os diferentes níveis de autismo precisam de cuidados e atenção diferenciada.

Como a criança muitas vezes precisará de um acompanhamento individualizado, é necessário que os profissionais da escola também estejam treinados para recebê-lo, assim a chance de sucesso na escolarização e melhora do comportamento no convívio sócial.

Grande parte das crianças autistas têm dificuldades de se comunicar com outras pessoas, mas é importante que se estimule a linguagem falada, por gestos, sinais e também com uma ferramenta desenvolvida pelos psicólogos e fonoaudiólogos chamada PECS, que são figuras que representam a linguagem.

As dificuldades de aprendizagem se devem à alguns fatores próprios da condição da criança autista:

  • Dificuldade de Atenção: algumas crianças tem uma concentração muito pequena ou sequer conseguem se concentrar em uma tarefa. Neste caso são necessários métodos e planejamentos de aulas estruturadas, onde as petas e passos são menores do que para uma criança sem autismo.
  • Dificuldades de Raciocínio: por aprenderem as coisas mecanicamente, as atividades e tarefas não apresentam significado. Essa falta de significado impede que o aluno autista use seu raciocínio em tarefas parecidas ou para repetí-las em um momento posterior.
  • Dificuldades para Aceitar os Erros: por serem pouco comunicativos e terem dificuldade de socialização, as crianças autistas podem não obedecer orientações, chamadas de atenção e ordem. O mesmo acontece com a aceitação dos erros, onde uma vez contrariada, a criança pode reagir agressivamente ou deixar de se interessar completamente pela tarefa que está executando.

Brinquedos e Brincadeiras com Autistas

Uma das melhores maneiras de estimular a criança autista é usando brinquedos e brincadeiras, e com elas você pode ensinar muitas coisas também. Lembrando que elas devem ser simples e sempre que possível, devem estimular também a criatividade, o que ajudará a desenvolver sua capacidade de interação social.

Os pais e os profissionais envolvidos com a criança vão poder dizer os brinquedos mais adequados, já que o nível cognitivo não será o mesmo de uma criança de mesma idade. É bem provável que um brinquedo que indique na caixa que é ideal para uma criança de 5 anos, não seja adequado à uma criança autista de mesma idade.

Nas brincadeiras, sempre que houver possibilidade, é importante que sejam brincadeiras de grupo, buscando maior interação social. Como não existe uma regra pronta para todas as crianças autistas, você vai ter que gradativamente testar novas brincadeiras com a criança e ver sua resposta e interação.

Atividades Educativas para Autistas

Como existem diversos níveis de autismo e ele muda de criança para criança, seria ingênuo e irresponsável de nossa parte selecionar e propor atividades que você possa aplicar. Muitas das atividades presentes em nosso site podem ser aplicadas com autistas, com maior ou menor nível de sucesso, dependendo de cada criança.

Sobre os materiais e atividades, você deve prestar atenção em pontos importantes:

  • É importante que os materiais inicialmente sejam concretos, objetos. Também é bem possível que o aluno autista tenha dificuldade de se adotar com o papel, lápis, cola e outros materiais escolares padrão.
  • Com o tempo, boa parte dos autistas vão se adaptar ao papel e lápis, principalmente se houver um bom apoio e acompanhamento dos profissionais médicos, educadores e familiares.
  • Na elaboração da atividade, leve em consideração possíveis dificuldades motoras, assim o tamanho dos objetos manuseados são importantes.
  • Sempre que possível separe os materiais próprios daquela atividade previamente e os mantenha separados em caixas plásticas ou papelão, como caixa de sapato.
  • As crianças com autismo necessitam que sejam ensinadas coisas básicas, que talvez sejam intuitivas para crianças normais, então você precisa de paciência, e como falamos anteriormente, um plano de aula e planejamento mais estruturado.
  • O aprendizado do autista pode ser irregular, aprendendo alguns tópicos rapidamente e demorando muito mais para outros.

Problemas de Comportamento do Autista

Os problemas de comportamento entre alunos autistas são muito relatados e muito comuns, normalmente são graves e de difícil compreensão. Boa parte desses problemas se devem à dificuldades de comunicação e compreensão das atividades propostas, já que o autista pode não ver propósito na atividade proposta ou não saber o que o qual o objetivo da atividade.

Conclusão

Acho que já nos prolongamos bastante nesse assunto do autismo, e apesar de ser extenso, complexo e também interessante, devemos retomar o assunto de acordo com o interesse de vocês leitores, então é muito importante que vocês deixem suas dúvidas e comentários sobre o assunto.

Também agradecemos se você for especialista no assunto e quiser deixar a sua colaboração, bastando entrar em contato pelos comentários.

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fontes:

12 comentários em “Autismo e a Educação Infantil”

  1. Olá Cláudia

    Gostei muito do material que você mandou,sou leiga no assunto mas gosto de ler sobre o assunto.
    Ás outras atividades também são interessantes,acho de fácil entendimento para as crianças.

    Obrigada

    1. Maria, muito obrigada pelo seu comentário. Esperamos que goste não só desse, mas te tudo que publicamos no site.

  2. Cláudia como deve ser a avaliação de um autista na escola?

    Tenho um filho que é autista leve.

    1. Eliane,se é um autismo leve,pode ser que ele seja avaliado até como uma criança normal,porém como não conheço seu caso detalhadamente, o ideal é conversar com os responsáveis da instituição escolar.

    1. Obrigado Sol, também adoramos o assunto e poder compartilhar nosso conhecimento sobre inclusão nos deixa muito felizes.

  3. Obrigado ,Claúdia adorei o assunto pois me ajudou muito, pois me interesso por inclusão e estou terminado uma POS- GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

  4. Adorei sobre o tema autista ,trabalho numa creche que numa determinada sala temos uma crianca com toda carcteristica citadas a respeito do autismo,gostaria de saber como posso fazer um relatorio avaliativo da crianca ,sem que o pai ou responsavel nao sinta constrangimento no momento da leitura,pois notamos que a familia ate reconheca que o filho tenha algum tipo de disturbio mas nao aceitam ….

  5. Cláudia,tem um aluno com muita dificuldade de aprendizagem,ele faz seção com a fone,já foi no neurologista, que relatou o seguinte que ele apresenta atraso nas habilidades escolares e cognitiva (F 70).Mas ainda se encontra com muita dificuldade de aprendizagem, já não seio mais o que fazer, pois me interesso por inclusão e estou terminado uma POS- GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

  6. oi!Eu me chamo verusca, sou professora e tenho um aluno autista e agora foi diagnosticado com transtorno opositor positivo.Ele não aceita fazer atividades e agredi seus colegas.Já busquei varias maneiras de trabalhar com ele.Pois preciso por favor de uma ajuda sua.Você pode enviar por e-mail alguma maneira ou atividade que eu possa ajuda-lo no seu desempenho.Ele tem 7 anos.Agradeço desde já se vc poder me ajudar e orientar.Abraços!

  7. Gostei muito pos trabalho com três autista em uma escola eles tem 7 anos os pais são muitos ansioso e quer ver os seus filho como os outros é muito difícil trabalhar com os pais já com eles não tenho o que reclamar amo meu trabalho

Os comentários estão fechados.

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